A integração nacional do período técnico científico e informacional (diálogo com Milton Santos)
À partir de 1945 e 1950 a indústria brasileira ganha novo ímpeto, e tanto para atender às necessidade de uma população de maior nível de vida quanto para dirigir a colheita de produtos exportáveis, surgem inúmeras cidades e outras se desenvolvem rapidamente.
Dentre essas cidades, o Rio de Janeiro e São Paulo ganham maior destaque. O Rio fora beneficiado por sua função política. Capital do país por quase dois séculos, tornou-se metrópole política e econômica.
Toda industrialização depende de fatores regionais como por exemplo a mão de obra disponível, estrutura de propriedade e do consumo, capital acumulado e per capita, organização dos transportes terrestres (império do caminhão), comunicações e crédito, entre outros prós que o café deixara em São Paulo. Sendo assim, foi em São Paulo que esse novo período ganhou maior difusão, ou seja, São Paulo se afirma como a grande metrópole fabril do país.
A rápida expansão da indústria no “centro” passava a exigir mais mercados, não apenas fora mas também dentro do país. E é nessa nova realidade integrada pelos transportes e pelas necessidades advindas da industrialização que vão nascer importantes cidade também no interior do Brasil que recebem incentivo de crescimento pela modernização do aparelho estatal, sua melhor inserção na economia internacional e as facilidades abertas à entrada do capital estrangeiro.
O desenvolvimento do período técnico científico informacional teve início no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas também expandiu-se. Uma grande contribuição para essa expansão foi a construção de Brasília. O próprio golpe de Estado de 1964 foi um novo passo para a internacionalização da economia brasileira.
O território ganha novos conteúdos e impõe novos comportamentos, graças às enormes possibilidades da produção e, sobretudo, da circulação dos produtos, do dinheiro, das ideias e informações, das ordens e dos homens. É a irradiação do