A Instalação dos Bárbaros no Império Romano Ocidental
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA MEDIEVAL I
DOCENTE: LYVIA VASCONCELOS BAPTISTA
A INSTALAÇÃO DOS BÁRBAROS (Séculos V-VII)
Jacques Le Goff
ALYNE ÉRIKA AMÉRICO DOS SANTOS
NATAL
2014
LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente medieval. Lisboa: Editorial Estampa, 1983.
1. Como o Ocidente Medieval se organiza durante e após as “invasões” bárbaras do século V?
Em primeiro tempo, atentaremos à abordagem do autor perante os fatos. O Le Goff apontará a questão das invasões bárbaras como fator principal da união de dois povos (romanos e bárbaros), que resultará na Idade Média Ocidental. O objetivo dele será mostrar que o Ocidente Medieval nasce nas ruínas de um Império Romano recém-fragmentado e que a instalação dos bárbaros implicará tanto em um assentamento pacífico, em alguns casos, como também em uma conquista de terras sob o uso da violência. Ora, mas essa conquista territorial não seria similar ao que o Império Romano fizera em seus tempos de prosperidade?
O maior conflito dar-se-á por questões naturais e acertará os dois combatentes: não há guerra que saia vitoriosa diante de mortes causadas pela fome e por doenças. A crise do século III reduzirá a imunidade romana e abrirá as portas para o inimigo.
As invasões bárbaras precedentes ao que viria destruir o Império Ocidental no século V foram um dos elementos essenciais dessa crise, acarretando em um demasiado enfraquecimento romano. Campos devastados, cidades em ruínas, declínio da agricultura e recessão demográfica se mostraram como aliados do inimigo ocidental.
O Le Goff aponta o crescimento demográfico dos povos bárbaros ou a atração por territórios mais ricos como o “impulso inicial” das invasões, mas ressalta que esses povos poderiam muito bem ter sido motivados, por questões ambientais, a uma busca por terras e clima ideais para o cultivo e criação de