A inspiração e Inerrância das Escrituras
A aceitação e o uso litúrgico por parte das igrejas locais constituíam-se numa evidencia da canonicidade de um livro. Por outro lado, a epistola aos Corintios de Clemente era lida liturgicamente com os livros ‘canônicos’, no entanto, nem por isso era colocada no mesmo nível destes.
‘‘Mostrava o livro evidencia de ter sido divinamente inspirado? Este era o teste final; tudo tinha que cair diante dele’’. Como fica patente, esses princípios adotamos pela igreja não impediram que inicialmente surgisse duvidas quanto à autoridade de alguns livros, contudo, eles serviram de balizas que contribuíram para demarcar a sua área de ação e o rumo a ser tomado. Alguns livros que tinha dificuldades para serem reconhecidos como ‘canônicos’:
Hebreus: repousa na incerteza quanto ao seu autor e, como elemento somatório, a concepção de que ele fora escrito exclusivamente para os judeus.
Filemom: Não deveria ser incluída neste capitulo, visto que ela esta enquadrada dentro dos ‘’antilegómena’’ de “Eusébio”, contudo, ela teve alguma, ainda que pequena resistência nas igrejas da Síria.
Tiago: Deve-se principalmente a quatro problemas, que serão apresentados aqui em ordem ascendente de dificuldade:
a) Poucos ensinamentos cristãos no que se refere à doutrina.
b) Duvida quanto aos destinatários.
c) O aparente desconhecimento das igrejas a respeito da epistola.
d) A incerteza quanto ao seu autor, visto que Tiago - que era um nome comum- não se identifica como apostolo e no Novo Testamento faz uma menção de quatro personagens com esse mesmo nome.
2 Pedro: Enfrentou as seguintes dificuldades para ser aceita como canônica:
a) O estilo e o vocabulário são diferentes da primeira epístola reconhecida como de Pedro.
b) A diferença doutrinaria entre a primeira e a segunda epistola de Pedro.
c) A suposta dependência literária que tem da Epistola da Judas.
d) O seu aparente desconhecimento por parte das igrejas até o inicio do