A inquisição e os cristãos-novos relações sociais e políticas
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Departamento de História
Curso: História da Civilização Ibérica
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A Inquisição e os Cristãos-novos
Relações sociais e políticas
Introdução
Este trabalho teve como ponto de partida estudar a relação entre os cristãos-novos e a Inquisição. Porém, ao longo da pesquisa percebi que poderia me aprofundar nas questões sociais relacionadas ao problema. Fazendo isto, deparei-me com pontos interessantes que abordarei mais adiante.
Tratarei primeiro de mostrar as relações, conflituosas ou não, entre cristãos-velhos e cristãos-novos, mostrando os limites da tolerância religiosa na sociedade ibérica. Feito isso, estarei especificando a formação e as atuações do Tribunal do Santo Ofício na península, desenhando as semelhanças e as diferenças entre Portugal e Espanha. Depois, apontarei como a Igreja e o Estado utilizaram-se das artes e obras literárias para criar um imaginário negativo dos judeus confessos e cristãos-novos com o possível intuito de afirmar uma “proto-identidade nacional”. Por fim, farei uma breve conclusão de como esses fatos afetaram o pensamento da sociedade da época (séculos XVI-XVIII). Minha análise não engloba os mouros e outras minorias marginalizadas simplesmente por uma opção de recorte.
Convivência e Tolerância Religiosa
Desde a Idade Média, diferentes religiões coexistiam no território ibérico. Cada grupo étnico tinha certa autonomia e liberdade para expressar sua crença, mediante pagamento de tributos. Essas comunidades possuíam alguns direitos reconhecidos pelo Estado, geralmente por motivos econômicos. Houve grande intercâmbio cultural e uma relativa harmonia, que começou a desfazer-se a partir do século XVI. A população em geral conhecia as demais doutrinas. Porém, convém lembrar que este contato era restrito, pois havia leis proibindo casamentos entre diferentes grupos, participação nos cargos públicos, entre