A INOVAÇÃO NO DESIGN DE INTERIORES
Desde o surgimento dos primeiros designers de interiores no século XIX, até a formalização da profissão no ano de 1960, a proposta destes profissionais sempre teve uma relação direta com as questões da arte. A sua atuação encontra-se entre a arquitetura e a decoração. Desenvolvem projetos para o agenciamento de espaços internos, como por exemplo, em suas instalações técnicas.
Segundo o texto ”Arte e Design de Interiores”, de Maria Cristina Cabral, podem-se observar as inúmeras mudanças ocorridas desde os meados do século XIX. Na crescente urbanização da Europa e dos Estados Unidos, constitui-se uma classe média em diferentes níveis socioeconômicos. A qual buscava ansiosamente mostrar à sociedade a sua prosperidade, buscando referências nos modelos decorativos da nobreza.
No desing de interiores o movimento Art&Crafts, considerado o mais significativo do século XIX valorizava questões éticas, as quais refletiam sobre as conseqüências dos processos de industrialização. Uma de suas características foi a predominância da linha fluída, a qual também influenciou a Art Nouveau.
Sinuosidade e formas orgânicas foi destaque na Art Nouveau, embora o material utilizado fosse industrializado, como o ferro e vidro.
No entanto, as características mais criticadas após os anos 1950 foi a rigidez das linhas retas instituídas pela Escola Bauhaus. Esta que defendia e aplicava os ideais construtivistas.
Assim, a partir da década de 60 esses conceitos modernistas passaram a ser ironizados de diversas formas. Pode-se citar a distorção de Mendini, em seu trabalho intitulado como ”re-design”. Nessa proposta interferiu em obras consagradas do modernismo, como por exemplo, na cadeira “Thonet 214”, de 1859. Neste trabalho introduziu elementos metálicos, coloridos e assimétricos, distorcendo a sua originalidade.
Outro exemplo relevante é a poltrona “Up” e toda a série de Gaetano Pesce. Em seu design a contestação se encontra nas formas curvas, além