A infância, o consumismo e a mídia

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA
CURSO DE PEDAGOGIA À DISTÂNCIA
POP NOVO HAMBURGO – RS

Juliana Maria Ebert

ARTIGO:

A infância, o consumismo e a mídia

Resumo: O presente artigo visa identificar e propor uma reflexão sobre os hábitos de consumo infantil dos dias atuais, bem como sobre a mídia, principalmente a televisiva, que é o principal instrumento incentivador ao consumo inadequado. Por vários motivos as crianças permanecem diariamente horas seguidas em frente à televisão, e, servindo-se disso, esse poderoso instrumento de comunicação tem investido muito no apelo infantil, em como atingir este público totalmente influenciável e que cada vez mais tem poder de decisão na hora da compra. Como um dos hábitos da sociedade contemporânea é o consumismo, o que fazer para proteger nossas crianças tão expostas a este estímulo, já que sua estrutura, sua personalidade está em processo de formação? Como a família e a escola podem proteger esse público tão fiel e indefeso, que acredita na felicidade como um processo resultante do consumo.

Palavras chave: consumismo, criança, mídia, televisão.

A leitura do mundo precede a leitura da palavra.
(Paulo Freire)
Os cidadãos civilizados não são produtos do acaso, mas de um processo educativo.
(Karl Popper)

A família atual, dita, moderna, de um modo geral, assim como toda a sociedade, vem sofrendo transformações. Hoje os pais geralmente trabalham fora durante o dia, muitos também estudam, buscando melhorar o padrão de vida enquanto seus filhos ficam sob os cuidados de outrem (escolas, maternais, babás, avós...), tendo como seu maior, quando não único passatempo: a televisão. A televisão influencia a saúde física e mental, a educação, a criatividade e os valores daqueles que se encontram na frente da tela. Quando a assistem, as crianças ficam vulneráveis frente a informações que não são capazes de julgar de modo adequado, permanecendo em média de 3 a 4 horas diárias expostas aos