A informatica na medicina
A proposta mais antiga de utilização da computação na área médica data de 1959, quando LEDLEY & LUSTED (1985) sugeriram o desenvolvimento de sistemas que pudessem auxiliar os médicos na tomada de decisão.
Esta era uma tendência – a dos sistemas voltados para o apoio à decisão médica –, mas nem todos a seguiram. Alguns pesquisadores começavam a se preocupar com a noção da informação hospitalar como um todo.
Nos Estados Unidos, o primeiro projeto de informatização hospitalar – Hospital Computer Project – foi realizado em 1962, a partir de um contrato firmado entre o Massachusetts General Hospital – MGH e uma empresa de Cambridge, denominada Bold Beranek and Newman –BBN, tendo sido financiado pelo National Institutes of Health e pela American Hospital Association (BLOIS & SHORTLIFFE, 1990).
Em função desse projeto, diversos aplicativos começaram a ser desenvolvidos no MGH por Octo Barnett – um dos profissionais que mais contribuições fez na área de informática em saúde – e seus associados. Destes, destacam-se programas de admissão e alta, relatórios de laboratórios e resumos de prescrições.
Na mesma época, projetos similares começaram a ser desenvolvidos em outros hospitais americanos: Latter Day Saints Hospital –LDS, em Salt Lake City (PRYOR et al. 1983), Kaiser Permanent (COLLEN, 1990), Universidade de Stanford (BLOIS & SHORTLIFFE, 1990) etc.
De acordo com Otto Rienhoff, atual presidente da International Medical Informatics Association – IMIA, os precursores da área na Europa foram Wagner em Heidelberg e Reichertz em Hannover (Alemanha), Grémy em Paris (França), Anderson em Londres (Inglaterra) e Peterson em Estocolmo (Suécia) (RIENHOFF, 1997). O professor Peter Reichertz foi um dos primeiros a escrever, na década de 70, sobre a importância da informática médica tanto na pesquisa quanto para melhorar o currículo médico. Também é de Reichertz a visão sobre as mudanças que aconteceriam na relação entre o médico e o