A INFLUÊNCIA DO PIETISMO NA ORGANIZAÇÃO DO PROTESTANTISMO BRASILEIRO
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PietismoDevido à reaproximação da sistematização da teologia para um método de elaboração teológica por parte dos teólogos protestantes da segunda e terceira geração, chegamos num ponto onde os protestantes procuravam expressar suas convicções por meios de declarações escritas, negligenciando assim a ortodoxia na dimensão pessoal da religião.
Com o enfraquecimento religioso resultante das disputas teológicas e a frouxidão moral da época, surge o pietismo, como um movimento de renovação na tentativa de retomar o espírito da Reforma. Sua origem é atribuída a Philip Jacob Spener, teólogo e pastor luterano alemão. Ele estava ciente da necessidade de uma reforma moral e religiosa no luteranismo germânico, pois a vida cristã estava para ser sacrificada pelo zelo da ortodoxia.
Spener quando foi pastorear em Frankfurt, estabeleceu em sua casa um grupo para estudo da Bíblia, oração e discussão, estas reuniões se espalharam rapidamente e passaram a ser conhecidas como collegia pietatis. Mas o acontecido fundante do movimento de renovação petista foi o sermão intitulado Pia Desideria.
O foco do pietismo foi à experiência com Deus, sua condição de pecador e o caminho para a salvação. Speaner via que a vida santificada era aquela que podia ser expressa no exercício do amor ao próximo, devido a esse ponto de vista houve grande empenho na questão humanitária e social. Era um movimento que teve sua sustentação bíblica, teológica e pastoral nos pressupostos oferecidos pela Reforma protestante do século XVI. Não havia nada de novo no pietismo, senão que a igreja se desenvolvesse em sua tarefa missionária e que esta mesma igreja favorecesse a experiência pessoal da fé, pois o pietismo se valia pela santificação pessoal por meio de obras e na intenção de glorificar a Deus pela caridade e evangelização.
Campo religioso brasileiro quando recebeu o protestantismo de missão no século XIX
A espiritualidade que a igreja oficial oferecia não chegava às práticas religiosas