A influência do pensamento positivista na história e na geografa
A Geografia e a História, do ponto de vista do conhecimento, são antigas, visto que estão ligadas ao pensamento grego. Na Antiguidade, ambas compunham um saber vinculado à Filosofia, permanecendo assim até o final do século XVIII; apesar de nós não podermos afirmar que as mesmas padronizaram seus métodos neste período. Com a expansão capitalista e o desenvolvimento comercial e industrial no início do século XIX, ocorreram grandes avanços em diversos campos que fomentaram a desvinculação destas ciências em relação ao campo filosófico e contribuíram para que ambas passassem para um status mais autônomo, apresentando, assim, um conhecimento mais específico. Com este cenário desenvolvimentista, tanto na economia quanto na ciência, surge a ideia de um progresso contínuo da sociedade. Tal ideal progressista torna-se o principal objetivo desta sociedade, que passa a rejeitar todas as manifestações que ameacem o mesmo e passa a criar a necessidade de ordem que garanta a sua continuidade. Assim, no campo dos pensadores, origina-se o pensamento positivista, que passou a materializar cientificamente o contexto histórico da época e que influenciou diversas produções científicas deste período; além de fomentar metodologias a diversas ciências que se emanciparam no século XIX, dentre elas a História e a Geografia. Em oposição à abstração do Idealismo, o Positivismo encontrou, no século XIX, embasamento e força na filosofia de Augusto Comte, principal intelectual positivista, e prega que o válido é o concreto, o real e afirma que o conhecimento necessitaria de passar por três estados – o Teológico (fenômenos explicados por divindades – Antiguidade); o Metafísico (fenômenos explicados por forças abstratas – Idade Média) e o Positivo (razões e leis efetivas respondem aos fenômenos). O pensamento positivista manteve uma visão otimista de progresso contínuo, oriunda das rupturas ocorridas com a Revolução