A influência do divórcio no comportamento infantil
As transições familiares têm sido objeto de múltiplos estudos e pesquisas nas últimas décadas. O modelo tradicional de família constituía-se em pai-mãe-filhos, sendo este o modelo considerado ideal pela sociedade, e por isso muito usado para classificar todos os outros modos de organização familiar como desestruturados, desorganizados e problemáticos. Atualmente existem inúmeras formas de estrutura familiar, sendo que a família constituída por casais divorciados tornou-se algo constante. (BOCK, 2001, p. 247).
A desconstrução da família pode se iniciar em qualquer idade dos pais ou dos filhos, independente do número de anos passados no casamento. (GRUNSPUN, 2000, p. 73).
Uma grande parte dos distúrbios de comportamento reflete o desequilíbrio social e emocional das relações existentes na família, sendo esta a primeira unidade com a qual a criança tem (ou deveria ter) contato contínuo e é também o primeiro contexto no qual se desenvolvem padrões de socialização e problemas sociais. A separação dos pais pode trazer um desajuste social muito grande para a criança, levando-a a agressividade, angústia, sentimento de abandono nos casos em que ela se sente perdida, dividida e sem saber se continua ou não sendo amada. (JOSÉ, 2001, p. 187).
A maioria dos pais fica preocupada em saber quais serão as conseqüências que o divórcio provocará no comportamento de seus filhos. Crianças e adolescentes percebem e respondem ao divórcio parental de acordo com sua idade, gênero, nível de desenvolvimento cognitivo, padrão de apego, arranjos de cuidado, personalidade individual e o nível de conflito conjugal, antes e depois da separação. (STAHL, 2003, p. 63).
Diante das transformações ocorridas com a instituição familiar e as influências dessas mudanças no comportamento dos filhos o presente trabalho teve como objetivo investigar através de pesquisa bibliográfica a influência do divórcio no comportamento infantil.
2 DESENVOLVIMENTO INFANTIL
2.1 Desenvolvimento