A influência da Moda na Sociedade
Rocha Victor, Dijane Maria
A moda se constitui como um dos padrões mais seguros para medir as motivações psicológicas, psicanalíticas e sócio-econômico da humanidade (DORFLES, 1979), porque revela a maneira como as pessoas se comportam e o modo como elas se apresentam na sociedade, ao mesmo tempo em que proporciona a inclusão e/ou a exclusão de pessoas e de grupos do seu contexto social.
A sua dinâmica tem uma característica natural de classificar, de selecionar e de diferenciar pessoas na busca da exclusividade e do “novo”, e quando o novo cai no domínio público tem início outro ciclo, isso mostra que está na moda não necessariamente é estar igual
(estatisticamente falando) porque a massificação representa a banalização do produto e conseqüentemente a
“não-moda”.
Neste contexto, o vestuário é que mais ostensivamente representa o movimento da moda, pois a mudança no jeito de vestir apresenta-se em todo o percurso da humanidade como o elemento de diferenciação mais aparente.
No entanto, as civilizações antigas não contribuíram para esse processo, por conterem e negarem a dinâmica da mudança e da própria sociedade, permanecendo idênticas a si mesmo, com os mesmos gostos, as mesmas maneiras de fazer, de sentirem-se e principalmente de se vestirem, se perpetuando há séculos sem dar qualquer sinal de mudança, ou de diferenciação (LIPOVTESKY,
1991).
Para fundamentar essas conclusões o autor deste trabalho tem como referência a indumentária dos povos antigos que se apresentam historicamente sem nenhuma novidade ou valor agregado, tendo a função única e exclusiva de vestir: No Egito a “toga” e a “túnica” prevaleceram por quase quinze séculos; na Grécia, o “peplo” impõe-se até a metade do século VI; e em Roma a
“túnica” e a “toga” persistiram até o final do Império.
Somente, entre os séculos XII e XIV é que surge um modelo de roupa capaz de romper essas tradições, a ponto de proporcionar