A influência da maldade e da crueldade na percepção de sensibilidade estética da obra “Prometeu Acorrentado”, de Ésquilo
INSTITUTO DE LETRAS
Departamento de Linguística, Filologia e Teoria Literária
Larissa dos Santos Roldão
A influência da maldade, crueldade e violência na sensibilidade estética da obra
“Prometeu Acorrentado”, de Ésquilo
Disciplina: LET 03357 – Leituras Orientadas
Professor Antônio Barros
Período letivo: 2013/1
Porto Alegre
2013
A influência da maldade e da crueldade na percepção de sensibilidade estética da obra
“Prometeu Acorrentado”, de Ésquilo
A obra de Ésquilo é uma das versões conhecidas da história do titã Prometeu – a outra versão famosa é a do também grego Hesíodo. Entretanto, a versão de Ésquilo não apresenta o mito do titã desde o início: a obra começa com Prometeu sendo castigado por Hefesto a mando de Zeus, não explicando ao leitor o porquê do castigo. Esse fato faz com que desde o início da leitura, já se tenha, além de pena de Prometeu, uma visão de Zeus como mau e cruel, embora saibamos que no gênero da tragédia grega o herói sempre gera a compaixão do público. Conforme a leitura avança, Prometeu constantemente se lastima ao Coro das Oceânidas e, poucas páginas depois, conta ao Coro por que razão está sendo castigado: por trazer um benefício aos mortais, é penalizado por Zeus, o que cada vez mais fortalece ao titã a imagem de herói injustiçado. O enredo prossegue, mais personagens entram e saem da história e o herói continua sofrendo acorrentado à cordilheira do Cáucaso, onde lá padece por anos.
Um ponto importante a se observar é que a versão de Ésquilo do mito de Prometeu apresenta o titã como benfeitor dos mortais, e quase todos os demais personagens mostram Zeus como malvado e cruel. Ésquilo mostra em sua obra que o público leitor deve ser grato ao titã, que lhes trouxe o fogo (que pode representar tanto que agora os homens podiam se aquecer e cozinhar o alimento, como também representa sabedoria e luz). A crueldade de