A Influencia dos Três Clássicos no Pensamento de P BOURDIEU MARX WEBER E DURKHEIM
FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CURSO DE CIÊNCIA POLÍTICA
CADEIRA DE SOCIOLOGIA POLÍTICA
A INFLUÊNCIA DOS TRÊS CLÁSSICOS NO PENSAMENTO DE P. BOURDIEU:
MARX, WEBER E DURKHEIM
Fernandes de Magreth Joaquim Sitoe
Maputo, Outbro De 2011
Introdução
Loïq J. D. Wacquant, em “O legado sociológico de Pierre Bourdieu duas dimensões e uma nota pessoal” diz que, Pierre Bourdieu teve uma formação em filosofia e foi marcado por acontecimentos sociopolíticos e por correntes intelectuais que ele nunca iludiu: a descolonização, a guerra fria, o triunfo da sociedade de consumo, a “medianização” da sociedade, por um lado; a fenomenologia, o estruturalismo, o existencialismo, por outro. Da filosofia passou a interessar-se pela antropologia e foi graças a esta que chegou à sociologia. Considerou-se sempre credor de
Marx, Weber e Durkheim. Assumiu-se como sociólogo de ruptura. Logo à partida, contra o senso comum (este pode ser definido como ou conjunto de opiniões ou crenças admitidas no ceio de uma determinada sociedade ou de grupos sociais específicos, que são consideradas como impostas por via da razão) dizendo que ele é um obstáculo ao conhecimento científico, o sociólogo deverá construir uma explicação fundada sobre as diferentes variáveis não percebidas pelos indivíduos, sem ideias pré-concebidas. Todo o trabalho de sociologia implica uma reflexão epistemológica (ou seja, um estudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados de uma ciência, para determinar-lhes a origem lógica, o valor e o alcance subjectivo). Só nestas condições, insistiu Bourdieu, se pode falar da sociologia como disciplina científica. O sociólogo não é um profeta, não é um engenheiro social, deve manter sempre cepticismo pelo uso descontrolado das técnicas de recolha de dados.
A impossibilidade de destrinçar de maneira cabal e inequívoca uma comparação sistemática da