A individualidade do sujeito Social
SUJEITOS SOCIAIS.
Cláudio Eduardo Félix1
RESUMO
Este texto busca sistematizar questões acerca do conceito de individualidade/subjetividade no referencial Marxista. A questão é analisada tomando por base os três pré-requisitos levantados por Marx e Engels na obra a Ideologia Alemã para a compreensão do entendimento das condições de produção da história humana e, por conseguinte, da subjetividade/individualidade -, quais sejam, os indivíduos reais, sua atividade e as condições materiais de sua vida. (MARX e ENGELS, 1979). Neste sentido procura-se, à luz da tradição Marxista discorrer acerca destes três prérequisitos. Assim temos num primeiro momento a discussão sobre a questão dos indivíduos reais, no segundo momento discute-se acerca da atividade e das condições materiais e por fim uma breve análise sobre o fetiche da individualidade na sociabilidade do capital e seus reflexos na práxis pedagógica. Palavras-Chave: Tradição marxista, Subjetividade, individualidade.
1- INTRODUÇÃO
Discutir a questão da individualidade/subjetividade na tradição marxista é tida por muitos uma impossibilidade ou uma tarefa muito difícil visto que, para estes, o Marxismo se resume ao aspecto econômico e todas as explicações se reduzem ao campo da economia ou dos temas ligados à luta de classes, ou modos de produção. Algumas afirmações e análises apressadas dão conta de que O marxismo é uma teoria evolucionista,
determinista, “objetivista”, positivista e a abordagem marxista desconsidera as subjetividades. Estes e tantos outros impressionismos, incompreensões ou deturpações deliberadamente formuladas ou ingenuamente afirmadas para desmoralizar a referida teoria ou mesmo pelo desconhecimento do conjunto da obra de Marx.
Parte desta impressão é resultado de algumas interpretações de Marx que acabaram por prevalecer tendendo a relegar a segundo plano ou mesmo excluir o problema da individualidade.
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