A Independência dos Estados Unidos
Locke e a Independência
O movimento de independência das treze colônias inglesas na América do Norte foi organizado a partir das idéias do filósofo inglês John Locke. Como um dos pensadores da Revolução Gloriosa inglesa, no final do século XVII, John Locke defendia a idéia de que era lícito ao povo rebelar-se contra o Estado, quando os governantes deixam de cumprir seu papel primordial, que era garantir aos indivíduos os direitos naturais, identificados como a felicidade, a liberdade e a prosperidade. A partir deste princípio, no final do século XVIII, com as tentativas do governo inglês de impor o pacto colonial, os colonos ingleses nas treze colônias passaram a reivindicar sua autonomia administrativa, que culminou na sua independência e no surgimento de um novo Estado – os Estados Unidos da América. A declaração de independência promulgada pelos colonos no Segundo Congresso Continental da Filadélfia (4 de julho de 1776) retrata o grau de influência do pensador inglês sobre o movimento dos colonos ingleses na América do Norte. A organização do Estado estadunidense é outro indicativo da influência das idéias da Revolução Gloriosa sobre a sociedade colonial inglesa na América do Norte. No preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos, podemos identificar novamente as idéias defendidas por John Locke em sua obra “Segundo tratado sobre o governo”.
“Nós, o povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma União mais perfeita, estabelecer a justiça, assegurar a tranqüilidade interna, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral, e garantir para nós e para os nossos descendentes os benefícios da Liberdade, promulgamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América.”
Preâmbulo da Constituição dos Estados Unidos da América.
A independência das Treze Colônias inglesas na América está relacionada a uma série de fatores econômicos e políticos. Contudo, o texto introdutório nos leva a refletir