A independencia de Cuba
Em 10 de outubro de 1868, eclodiu a primeiraguerra de independência cubana, com o “grito de Yara“, protagonizado por Carlos Manuel de Céspedes. A guerra, chamada dos dez anos, concentrou-se na região oriental, onde as crueldades do exército espanhol provocaram o apoio da população aos insurretos. Céspedes foi o primeiro presidente da “república em armas“, cujos representantes redigiram uma constituição e receberam o reconhecimento de vários governos latino-americanos.
A superioridade das forças espanholas e a promessa de reformas por parte do general Arsenio Martínez Campos debilitaram o movimento e, em fevereiro de 1878, a guerra acabou com um acordo de paz. Muitos cubanos, entre os quais o líder nacionalista Antonio Maceo, se negaram a aceitar as condições oferecidas e continuaram a luta.
Várias organizações políticas e ativistas no exílio, coordenadas pelo poeta José Martí, chamado pelos cubanos “o apóstolo”, organizavam a propaganda contra o domínio espanhol, dirigindo-se tanto à população nativa como às potências estrangeiras. A guerra recomeçou em 24 de fevereiro de 1895, com o “grito de Baire” e estendeu-se rapidamente por toda a ilha. Morreram muitos civis, povoados e cidades foram destruídos.
Sob o pretexto de inexplicável explosão no encouraçado americano Maine, atracado no porto de Havana, em 25 de abril de 1898 os Estados Unidos declararam guerra à Espanha. A armada americana obteve rápida vitória e o governo espanhol foi obrigado a firmar um protocolo de paz em Washington, em agosto do mesmo ano. Pelo Tratado de Paris, firmado em 10 de dezembro, a Espanha cedeu aos Estados Unidos os territórios de Cuba, Porto