. A incorporação da fenomenologia e do marxismo no estudo regional
LENCIONI, S. A incorporação da fenomenologia e do marxismo no estudo regional. In: LENCIONI, S. Região e geografia. São Paulo: EDUSP, 1999. p. 147-173.
A autora começa o texto nos mostrando que a expansão passa a ser além mar, além Terra, há no contexto histórico a expansão espacial, porém, com o passar do tempo, as crises que vieram colocaram em “xeque” a ordem vigente e os progressos.
Houve uma reflexão acerca do progresso técnico e científico, conduzindo a uma preocupação com a economia e os fatores sociais, fazendo com que entrasse em contradição a grande riqueza (progressos técnicos e científicos conquistados) com a pobreza das grandes massas. Buscou-se novos caminhos, a Geografia, por exemplo, buscou novas fontes teóricas.
Diante essa situação ocorreu uma influência da fenomenologia e do marxismo, que, acentuaram as preocupações com os fatores sociais. A fenomenologia vê os objetos como fenômenos que devem ser analisados sem ideias prévias, dessa maneira, novos horizontes se colocam diante das categorias de analises da Geografia Regional.
Husserl, um dos teóricos da fenomenologia, quis fundar uma nova matriz racional, ou seja, a ideia era analisar a essência dos objetos, buscando compreender, livre do subjetivismo e do relativismo.
A fenomenologia é vista como forma de pensar, com a presença da intencionalidade em relação aos atos da consciência, buscando analisar como os objetos são perceptíveis na consciência. É proposta uma compreensão racional das experiências de vida, colocando assim que, a consciência deve ser construída por meio das experiências, sem ideias prévias e essa característica coloca-se como metodologia fundamental.
A fenomenologia influenciou o que conhecemos como Geografia Humanista, que é voltada para a análise dos símbolos e seus significados, e a Geografia da percepção e do comportamento, que cuida da relação do homem com a natureza e o urbano e suas percepções diante disso.
Diante do que foi dito acima podemos