A Impôrtancia da Pesca na economia Portuguesa no século XV e XVI

1803 palavras 8 páginas
A Importância da Pesca na economia Portuguesa do Século XV e XVI

Tendo Portugal uma boa localização geográfica e sendo este possuidor de uma longa costa marítima que se estende além-mar e não faltando “peixe com abundância” (Mattoso, 1997, pp.258), a actividade piscatória sempre foi uma actividade anciã, uma forma de subsistência para o povo Português pois este «também entra na dieta popular» (Mattoso, 1997, pp.258) e uma fonte de rendimento tanto a nível de comércio interno, comercialização do pescado nos mercados locais, como a nível de comércio externo, exportação de algumas espécies de peixe para outros países via marítima e/ou via terrestre. A religião era também outro factor que levava ao consumo de grandes quantidades de peixe, ainda mais após ao estabelecimento por parte da Inquisição para que as datas do calendário católico em que se devesse comer peixe não fossem esquecidas (Mattoso, 1997, pp. 258). Apesar de ser de conhecimento geral que esta actividade tinha a sua importância tanto na subsistência como na economia, a uma questão que se prende “Qual a sua importância?” sendo que é sobre a resposta a este minha questão que recai o meu ensaio, cingindo-me apenas ao período do século XV e ao período do século XVI. Segundo Joaquim Romero Magalhães, na obra História de Portugal dirigida por José Mattoso, a pesca era realizada em rios sendo que os com maior destaque eram o rio Guadiana, Tejo, Mondego, Vouga, Douro, Leça, Ave, Neiva, Cávado, Lima e Minho (Mattoso, 1997, pp. 257) e os portos apontados eram os portos do Algarve, Sines, Sesimbra, Cascais, Peniche, Pederneira, Buarcos, Aveiro, São João da Foz, portos até ao Minho e porto de Setúbal (Mattoso, 1997, pp. 257-258). Cada região, tinha espécies características, mas a de maior destaque era a sardinha de Setúbal que era «a mais saborosa que se pode dar: a qual além de sostentar o Reino (…)» e o atum do Algarve (Mattoso, 1997, pp.

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