A impotância dos ácidos graxos ômega-3 no câncer
Os ácidos graxos eram vistos antigamente, apenas como uma forma de armazenar energia. Desde então, várias evidências mostram que dieta pobre em ácidos graxos são associadas a síndromes que podem levar a morte. Criando-se então, um conceito de ácidos graxos essenciais - são ácidos que não podem ser sintetizados pelo corpo, encontrados por meio da alimentação e que são necessários ao organismo, como o ômega-3 (ou n-3), representado pelo ácido alfa-linolênico e o ômega-6 (ou n-6), que são representados pelos ácidos linoléico e araquidônico.
A importância do ácido graxo n-3, tem a sua necessidade associada à prevenção, principalmente de distúrbios neurológicos e visuais. Os ácidos graxos essenciais do (n-3), como o ácido eicosapentaenóico, o EPA; e o ácido docosaexaenóico, o DHA, fazem parte da estrutura dos fosfolipídios que são componentes importantes das membranas e da matriz estrutural das células. Além de seu papel estrutural eles podem modular a função celular, atuando como mediadores intracelulares da transdução de sinais e como moduladores das interações entre células. Os ácidos graxos EPA e DHA podem ser encontrados em peixes de água salgada como o atum, a sardinha, o salmão e a cavala, e em algumas sementes como a linhaça. Esses peixes quanto mais ricos em gorduras forem, maiores são os teores de AGn-3.
Este artigo teve como objetivo descrever os principais benefícios da terapêutica nutricional, por meio da utilização da suplementação de AG n-3 em pacientes oncológicos, abordando principalmente a via metabólica desse ácido graxo. Ele consiste em revisões bibliográficas após consultas na base de dados pubmed, que inclui publicações científicas, como artigos em português, espanhol e inglês, publicados no período entre 1997 e 2008, relacionadas ao uso do AG n-3 na prevenção e no tratamento de câncer.
Os ácidos graxos de cadeia longa eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA) podem inibir a