A importância do interacionismo: a comunicação como base e estímulo para o ensino-aprendizagem de produção textual
Elma Cristina Takahashi Correa
Atualmente, tem-se falado muito sobre o ensino de produção textual nas escolas e, em muitas instituições, o ato de produzir textos está sendo utilizado de maneira imprópria pelos professores, ou seja, de maneira superficial. No ambiente escolar, a prática de produção textual é considerada pelos alunos como uma tarefa desagradável, o que dificulta o ensino e diminui o estímulo dos educandos.
É preciso lembrar que vivemos em uma sociedade em que a interação social é a principal característica de convivência que ela apresenta. Também se sabe que as pessoas precisam se comunicar com as outras, pois todas têm a capacidade de interagir através de uma linguagem verbal ou não. Esta interação irá depender das necessidades comunicativas dos indivíduos relacionados que irão construir uma linguagem entre eles, ou seja, a interação social ocasionada resultará no ato de comunicação. É o que se pode concluir quando Bakhtin (1992 apud RODRIGUES, 2007, p.1) diz: “Com efeito, a enunciação é o produto da interação de dois indivíduos socialmente organizados [...]” e verificando-se, então, que há uma relação íntima entre a linguagem e interação.
Por isso, ao conduzir os alunos no ensino de produção textual, é preciso que ele seja dirigido através de situações de interação comunicativa semelhantes às realizadas no cotidiano dos alunos. Portanto, para uma efetiva interação no ambiente social, fazem-se necessárias atividades de integração em que os alunos são convidados a estudar e a conviver juntos, envolvendo-se numa ação coletiva, na busca de objetivos em comum. Por esta razão, nestas atividades, os educandos interagem e socializam conhecimentos prévios, obtendo, assim, a troca de ideias e de informações significativas com relação à extensão social no processo educativo.
No cotidiano, ao convivemos em sociedade, sempre estamos interagindo