A importância do Inspetor Escolar
Dentre as diversas definições do vocábulo “inspecionar”, temos: ato de fiscalizar, examinar minuciosamente, vistoriar e controlar dentre outros tantos. Seriam esses efetivamente o papel e o perfil do Inspetor Escolar atual?
A inspeção aporta no cenário brasileiro ainda no século XVI logo após o descobrimento, com a finalidade de exercer controle sobre todos os colégios da Companhia de Jesus aqui instalados.
Por tratar-se de uma profissão antiga, o Inspetor Escolar teve diversas denominações atribuídas a sua atividade, tais como Inspetor Geral ou Paroquial durante o período Imperial, e Inspetor de Distrito ou Supervisor já na época da República, exercendo papel fiscalizador e burocrático, atendendo aos interesses políticos que se preocupavam em padronizar e controlar de forma rigorosa as atividades dos estabelecimentos de ensino até então.
O papel do Inspetor Escolar não ficou estagnado no tempo, e este, acompanhando a democratização do ensino evolui. Em 1854, a missão atribuída ao Inspetor Geral era supervisionar de forma geral e abrangente as escolas, colégios e estabelecimentos de instrução primária ou secundária, fossem eles públicos ou privados. Como se não bastasse, “cabia ao inspetor presidir os exames dos professores e lhes conferir o diploma, autorizar a abertura de escolas particulares e até mesmo rever os livros, corrigi-los ou substituí-los por outros” (SAVIANI, 2002, p. 23).
Os Inspetores Escolares eram admitidos na função através de concurso público a partir de 1892, a quantidade de estabelecimentos de ensino era um crescente, porém os representantes do povo demonstravam total desinteresse pelos problemas de ensino. Já em 1927, após a criação da Inspetoria Geral de Instrução Pública, o antigo primário (atual primeiro segmento do Ensino Fundamental) era fiscalizado por Inspetores municipais, enquanto o ensino secundário (subdividido em dois ciclos: o ginasial de quatro anos e o colegial de três anos) e