A IMPORTÂNCIA DO DOMÍNIO DA NORMA PADRÃO NA PRODUÇÃO ESCRITA DE CIRCULAÇÃO PÚBLICA
Há situações de interação pela escrita que exigem o uso da norma padrão e, nessas situações, transgredir as normas pode afetar, negativamente, a imagem do produtor do texto e até desqualificar o próprio conteúdo daquilo que se diz.
O principal objetivo desta coletânea de atividades é promover reflexões sobre alguns aspectos linguísticos e textual-discursivos importantes para o funcionamento de textos de diferentes gêneros discursivos escritos públicos e formais: resenha, projeto de pesquisa, artigo, relatório, parecer, memorando, carta comercial, etc.
1. CONCORDÂNCIA VERBAL
As gramáticas normativas prescrevem a seguinte regra geral de concordância verbal: o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Vejamos um exemplo:
O valor dos aluguéis de apartamentos pequenos duplicou. São apresentados, ainda, alguns casos especiais:
a) Quando o núcleo do sujeito está no plural, acompanhado de artigo também no plural, o verbo concorda com o sujeito plural, obedecendo à regra geral. Ex.: Os Estados Unidos são um país grande.
b) Quando o sujeito é coletivo partitivo, é possível fazer a concordância também com a referência do quantificador. Exemplos:
A maior parte dos clubes receberam apoio. A maior parte dos clubes recebeu apoio.
c) Quando o sujeito for representado por número percentual, a regra é idêntica à do item anterior. Veja:
Cinquenta por cento da população gostaram da proposta.
Cinquenta por cento da população gostou da proposta.
d) Quando o sujeito for constituído de número fracionário, a concordância segue a regra geral. Veja:
Um quarto dos bens cabe ao menor.
Dois terços dos bens cabem ao menor.
e) Quando o sujeito é constituído de pronome de tratamento no singular, o verbo fica na 3ª pessoa do singular.
Vossa Senhoria precisa dirigir-se ao gerente de sua conta.
f) Quando o sujeito é constituído pela expressão cada um, o