A Importância do Balanço Social no Terceiro Setor
1.2. TEMA E PROBLEMA
Os cidadãos estão preocupados em ter um ambiente saudável, humanitário, de bem-estar, com educação e cultura para melhorar o mundo em que vivem. E neste aspecto que o ramo empresarial está levando cada vez mais a sério os investimentos no social, seja pelo retorno em marketing que podem trazer, saindo à frente na concorrência de mercado, seja pelos benefícios fiscais de que podem passar a usufruir, ou ainda pelo fato de que todos desejam contribuir para se viver melhor.
As entidades que participam no terceiro setor são reguladas por uma legislação que dá sustentação para a criação e operância das associações sem fins lucrativos e não governamentais. De acordo com Montaño (2002, p.201), a promulgação da constituição de 1988, já traz em seu conteúdo algumas regras a serem respeitadas não só pelo terceiro setor, mas também para a relação de cooperação Estado/sociedade, onde a participação estatal tem um forte impacto para essas entidades. No entanto, da mesma maneira que é importante que a instituição seja registrada como filantrópica, é importante que ela publique o demonstrativo contábil de suas ações durante o ano. Existe um projeto de lei de nº 3116 de 1997, criado por Marta Suplicy, Maria da Conceição Tavares e Sandra Starling, que está no congresso com o objetivo de tornar obrigatório à exposição anual do Balanço Social para algumas empresas que participam do terceiro setor. É uma forma de tornar público a todos os cidadãos o destino dos recursos que são recebidos.
Tinoco (2001, p.36) assinala que nos países onde o capitalismo está mais desenvolvido, varias empresas já vêm consagrando o balanço social como instrumento de gestão e de informação. Essas empresas divulgam normalmente informação econômica e social a seus trabalhadores e a sua comunidade, sua estrutura não é posta em causa. O lucro é aceito como uma vocação normal da empresa, permitindo que a relação entre dirigentes e assalariados torne – se consensual e não