A importância das habilidades sociais
As relações interpessoais têm passado por grandes transformações nas últimas décadas e, com isso, o interesse em estudar esta temática vem aumentando consideravelmente. Várias áreas do conhecimento tem se proposto a investigar esse fenômeno, com destaque para o campo teórico-prático das Habilidades Sociais.
A importância das habilidades sociais para os indivíduos tem sido amplamente reconhecida na literatura científica (Caballo, 2003; Del Prette & Del Prette, 1999) a qual vem se desenvolvendo paulatinamente visto que constatações recentes têm relacionado sua influência à qualidade de vida e à saúde (Carneiro, Falcone, Clark, Del Prette & Del Prette, 2007), uma vez que, através delas, o indivíduo pode desenvolver relações interpessoais mais eficientes, maior realização pessoal, sucesso profissional, além de melhor saúde física e mental.
Uma vez que o indivíduo é um ser social e, portanto, vive em sociedade, é necessário que ele tenha boa relação com os outros, o que o ajudaria não só na qualidade de sua interação como em seu próprio desenvolvimento. Segundo Del Prette e Del Prette (2001), indivíduos socialmente competentes tendem a apresentar relações pessoais e profissionais mais produtivas, enquanto os menos habilidosos tendem a ter conflitos nestas relações, bem como pior qualidade de vida, além de diversos tipos de transtornos psicológicos.
O ser humano, em seu processo de desenvolvimento, participa de diferentes contextos sendo que, para cada uma destas situações esperam-se determinados desempenhos, que, por sua vez, exigem um amplo repertório de habilidades sociais do indivíduo. O contexto familiar é o mais significativo na vida da maioria das pessoas, entretanto, além deste, o contexto escolar e o de trabalho, também se destacam como os mais importantes e inerentes à vida social na maior parte das culturas.
No contexto familiar, o período da infância é decisivo para o aprendizado de habilidades sociais (Del Prette & Del Prette,