A importância das categorias para o assistente social
A relação entre Serviço Social e a questão da mediação nasceu de preocupações objetivas e cotidianas da ação profissional de assistentes sociais no contexto das organizações, que tinham como preocupações, por exemplo, como atuar de modo transformador em um ambiente profissional onde quem manda é a burguesia e como encontrar meios para enfrentar essas contradições?
O Serviço Social caracteriza-se por ser uma profissão interventiva. Por isso, necessita além de conhecer a realidade na sua complexidade, criar meios para transformá-la na direção de determinado projeto socioprofissional. Essa dupla dimensão que caracteriza o serviço social, desafia aos profissionais a enfrentá-la cotidianamente no complexo tecido das organizações sociais em que atuam. Esse enfrentamento exige uma equipagem teórico-metodológico a altura da sua complexidade. É nesse ponto que a categoria de mediação aporta uma enorme contribuição ao desvendamento dos fenômenos reais e a intervenção do assistente social.
“Para analisar a realidade é importante que o profissional recorra às mediações, que são formas de chegar ao conhecimento real, é o caminho para se conhecer o objeto de estudo. Mediação é tudo aquilo que relaciona homem/natureza e homem/sociedade [...] A instituição aparece como um espaço privilegiado na execução de controle e disciplina do espaço de cotidianidade da população. O Serviço Social lida diretamente com e no cotidiano da população, criando um “espaço de confrontação”, que propicia a emergência de um processo de tomada de consciência que muda as relações entre os profissionais e as normas da instituição. E este conflito que existe nas instituições, nos mostra que elas são lugares em que as forças se enfrentam e, é neste sentido que nós podemos entender o processo de mediação.” (Pereira, 2008, blog)
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