A importância da visão holística no contexto do planejamento psicopedagógico
Qual a importância da visão holística no contexto do planejamento psicopedagógico?
Holística vem do grego holos, que significa “todo”, “inteiro”. Holística é, portanto, um adjetivo que se refere ao conjunto, ao “todo”, em suas relações com suas “partes”, à inteireza do mundo e dos seres. A idéia do holismo não é nova e está subjacente a várias concepções filosóficas ao longo de toda a evolução do pensamento humano. No século VI antes de Cristo, o filósofo Heráclito de Éfeso já dizia "A parte é diferente do todo, mas também é o mesmo que o todo. A essência é o todo e a parte". Possuir, portanto uma visão holística traduz uma perspectiva na qual “o todo” e cada uma de suas sinergias estão estreitamente ligados, em interações constantes e paradoxais. Esta última definição foi adotada pela Universidade Holística Internacional de Paris, em 1986, e incluída em seus estatutos. Foi usada por Monique Thoenig em suas conferências e seminários, a partir de 1975. Esse paradigma considera cada elemento de um campo como um evento que reflete e contém todas as dimensões do campo (cf. a metáfora do holograma). Considera ainda que em cada coisa está representado o todo e que este transcende a simples soma de suas partes, destacando a importância da interdependência destas, uma que vez o todo alude a contextos e complexidades que se relacionam entre si pelo fato de ser dinâmico.
Na visão holística, o todo e cada uma das partes encontram-se ligados com interações constantes. Como tal, cada acontecimento está relacionado com outros acontecimentos, os quais produzem entre si novas relações e fenômenos num processo que compromete o todo.
A percepção dos processos e das situações deve ter lugar com base no próprio holos, já que, na sequência do seu dinamismo, surge uma nova sinergia, ocorrem novas relações e assiste-se a novos acontecimentos. Portanto, o todo é determinante,