A importância da POLIPLOIDIA na evolução, domesticação e melhoramento das plantas cultivadas
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA/FITOTECNIA
DISCIPLINA: GENÉTICA VEGETAL
PROFa. CÂNDIDA
TEXTO: “A importância da POLIPLOIDIA na evolução, domesticação e melhoramento das plantas cultivadas”.
ELAINE SILVA DOS SANTOS
FORTALEZA-ce
2015
TEXTO: “A importância da POLIPLOIDIA na evolução, domesticação e melhoramento das plantas cultivadas”.
A poliploidia, ou seja, a existência de mais do que dois genomas no mesmo núcleo, é de ocorrência comum nas plantas, tendo desempenhado um importante papel na evolução, domesticação e melhoramento de plantas silvestres e cultivadas.
Estima-se que em torno de 40% das espécies cultivadas são poliplóides (SIMMONDS, 1980), como algodão, batata, batata doce, café, cana de açúcar, fumo, morango, trigo, dentre outras.
A evolução de plantas superiores deve muito ao aumento do número de cromossomos decorrentes da poliploidia, já que esse processo pode levar a mudanças em larga escala na regulação gênica, também a mudanças imediatas na morfologia, no sistema de reprodução e quanto à tolerância das plantas às condições ambientais (OTTO & WHITTON, 2000).
Poliplóides, em geral, são bons colonizadores, podendo ocupar habitats pioneiros nos quais os ancestrais diplóides não são bem sucedidos. Apresentam também um efeito tamponante maior em relação à capacidade de adaptação, pois por possuírem mais cópias genômicas dos que os diplóides, podem acumular mais variabilidade encoberta (DE WET, 1980).
Porém, durante a evolução há uma tendência à diploidização, ou seja, ao funcionamento do poliplóide como se fosse um diplóide, tanto no pareamento cromossômico como na herança. Portanto, espécies ditas diplóides são na realidade poliplóides antigos, e a evolução por poliploidia foi acompanhada por uma extensa reorganização em todos os níveis do genoma, incluindo repadronização cromossômica, silenciamento gênico, eliminação de seqüências, e etc (OTTO & WHITTON, 2000).
Um dos exemplos