A importância da família para o portador de transtornos mentais
Através da escola o indivíduo com deficiência pode demonstrar suas potencialidades e competências e construir uma vida mais independente e autônoma, também onde as pessoas com deficiência mental tornam-se aceites como membros válidos da sociedade, e devem ser toleradas, respeitadas como vizinhos, como colegas, como frequentadores de locais diversos. Consequentemente, é nessa primeira inserção onde se descobre o quão grave a deficiência, o apoio especial é necessário para se fazer essas aprendizagens, e por certo, viver na comunidade é uma das práticas mais efetivas de integração.
A segregação do indivíduo com deficiências, em escolas ou instituições especiais, pode reduzir sua participação na vida da comunidade e excluí-lo das relações tecidas nas várias instâncias sociais, inclusive de lazer, uma vez que a maioria das pessoas, de fato, tem pouca oportunidade de interagir com esse indivíduo, e vice-versa. Consequentemente, quando ele chega ao mercado de trabalho, mesmo que esteja tecnicamente capacitado, socialmente ele é um estrangeiro. Como lembrou Amaral (1994), se o deficiente não foi seu colega de banco de escola, como ser seu colega de bancada de trabalho? Como ser seu empregado?" (p. 49).
Mesmo em países desenvolvidos a sua integração social no ambiente de trabalho ainda é considerada precária. Gibbons (1986) constatou que a comunicação entre pessoas deficientes e seus colegas de trabalho, quando existia, geralmente se reduzia a informações a respeito da tarefa a ser executada ou tópicos neutros, como o tempo. Assuntos rotineiros tais como notícias de jornais, novidades na empresa, ou problemas familiares, raramente eram