A importância da afetividade na aprendizagem
Autor: Oswaldo da Silva Filho
Introdução
A análise de dados estatísticos sobre a educação brasileira de qualquer época considerada, aponta sempre para os mesmos resultados: repetência, evasão, inadequação e elitização. Atualmente, quase cinco séculos após seu descobrimento, o Brasil ainda não conseguiu cumprir sua promessa de “país do futuro”, resvalando no analfabetismo, derrapando no subdesenvolvimento, afundando no atraso tecnológico. O déficit educacional brasileiro é tão expressivo que relega o país à equiparação com as nações mais atrasadas do planeta. Avaliações concluídas pelo Ministério da Educação e do Desporto sobre o ensino fundamental e médio, no ano de 1996, demonstraram altíssimos índices de evasão e repetência. Constatou-se ainda que entre os concluintes, grande é o número dos que apresentam imensa dificuldade em interpretar, compreender ou resolver exercícios propostos, ou ainda aliar à realidade prática conhecimentos que deveriam ter sido adquiridos ao longo destes níveis de ensino. A repetência e o abandono da escola nas séries iniciais bem demonstram a rejeição do alunado pela forma como o ensino é ministrado, não lhes trazendo qualquer atrativo, motivação ou aprendizagem significativa relacionada à sua vida diária. Da mesma forma, o grande número de reprovados ou classificados com nota mínima nos exames vestibulares revela o despreparo daqueles que conseguem concluir seus estudos. Com base neste contexto é que se faz o seguinte questionamento: até que ponto o Sistema educacional brasileiro avançou no seu objetivo de oferecer um ensino fundamental universal, gratuito e de qualidade? Diante deste questionamento, urge refletir sobre as estratégias governamentais adotadas para eliminar os anacronismos do sistema educacional brasileiro, na tentativa de erradicar ou diminuir o analfabetismo, a repetência e a evasão, bem como melhorar a qualidade da aprendizagem dos