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Artigo por Edilene Villalba dos Santos - quarta-feira, 27 de agosto de 2014
O pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo enfermeiro
No Brasil, segundo dados do MS, vem ocorrendo um aumento no número de consultas pré-natal por mulher que realiza o parto no SUS, partindo de 1,2 consultas por parto em 1995 para 5,45 consultas por parto em 2005.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), apesar da ampliação na cobertura, alguns dados demonstram comprometimento da qualidade dessa atenção, o que pode ser atestado pela alta incidência de Sífilis congênita, estimada em 12 casos/1000 nascidos vivos, no SUS (PN-DST/AIDS, 2002), pelo fato de a hipertensão arterial ainda ser a causa mais freqüente de morte materna no Brasil, e o fato de que somente pequena parcela das gestantes inscritas no Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) conseguem realizar o elenco mínimo das ações preconizadas.
Os indicadores do SISPRENATAL (2002) demonstram que somente 9,43% das gestantes realizaram aas seis consultas de pré-natal e a consulta puerperal. A atenção ao parto e nascimento é marcada pela intensa medicalização, pelas intervenções desnecessárias e pela prática abusiva da cesariana (BRASIL, 2011).
Segundo Cunha (2009), no mundo, a cada ano, ocorrem 120 milhões de gravidezes, entre as quais mais de meio milhão de mulheres morrem em consequência de complicações, durante a gravidez ou parto, e mais de 50 milhões sofrem enfermidades ou incapacidades sérias relacionadas à gravidez.
As altas taxas de morbimortalidade materna ainda permanecem como um desafio a vencer, e a atenção qualificada no pré-natal pode contribuir significativamente na redução dessas taxas e promover uma maternidade segura. (CUNHA et al, 2009, p.147). O principal objetivo da atenção pré-natal deve ser o acolhimento holístico e humanizado da mulher desde o inicio da gravidez, assegurando o nascimento