A imigração italiana no estado do rio grande do sul
Em 25 de maio de 2000, o Rio Grande do Sul comemorou os 125 anos da epopeia italiana em terras gaúchas. Em 25 de maio de 1875, fugindo da pelagra, sonhavam com o país da fartura. As famílias de Stefano Crippa, Luigi Sperafico e Tomazzo Radaelli subiram a serra, abrindo caminho a facão, para fundar Nova Milano, referência à origem dos povoadores, Milão, ao norte da Itália, assim Nova Milano, atual distrito de Farroupilha, foi o berço das primeiras levas de imigrantes italianos para o Rio Grande do Sul.
Época de pioneirismo, privações, suor e fome, como se referiu Nilson Mariano no texto "Pedaços da Itália no coração da serra", edição de Zero Hora de 20 de maio de 2000, no caderno cultura. Tudo foi difícil, pois os colonizadores alemães, que chegaram a partir de 1824, ganharam lotes de terra com até 77 hectares. Quando os italianos chegaram, isto 51 anos depois somente recebeu lotes de no máximo 30 hectares de terra, e tiveram, ainda, que pagar por elas, coisa que não aconteceu com as outras imigrações.
A viagem durava um mês na terceira classe de um navio superlotado, sem assistência médica, comida precária, dormindo no chão. A maioria dos autores que escreveu sobre a imigração italiana fala em alojamentos infectos, epidemias, mortes. Mas não se conhece uma estimativa sobre o total de mortos. Seriam crianças, na maioria.
Desembarcavam no Rio de Janeiro, onde ficavam de quarentena na Casa dos Imigrantes, na Ilha das Flores. Daí partia em vapores para Rio Grande numa viagem de dez ou mais dias, passando para barcos menores nos quais chegavam a Porto Alegre. Na capital, eram alojados em barracões precários ou "dormiam nas ruas e praças próximas". Seguiam, dias depois, em pequenas embarcações, até Montenegro, São Sebastião do Caí ou Rio Pardo. Desses pontos, a viagem prosseguia a pé, em lombo de burro ou carretas. Diante das dificuldades e promessas não cumpridas, muitos pensavam em