A imagem e as tecnologias: televisão
Na Aula 3, abordamos a trajetória da imagem no século XX, lembrando que a tecnologia que permitiu a fotografia, o cinema e a televisão teve suas raízes no século XIX.
Somente para relembrar, as primeiras transmissões de televisão datam dos anos de 1930: na Inglaterra, em 1935; nos Estados Unidos, em 1939.
Após a resolução de algumas questões relacionadas aos sistemas de transmissão de sinais, a televisão espalhou-se pelo mundo. No entanto, apesar das previsões de que com sua propagação o cinema estaria fadado à extinção, tal não ocorreu. Essa discussão, aliás, sempre acompanhou o surgimento dos aparatos tecnológicos imagéticos: o surgimento do vídeo também pareceu “sentenciar” o cinema; a televisão e o vídeo incorporados ao fazer pedagógico levaram a que se pensasse na substituição do professor... Bem, atualmente sabemos que essas previsões não ocorreram e as tecnologias devem ser abordadas tendo em vista o seu potencial para a Educação.
Nesse sentido, é importante compreendermos os mecanismos da linguagem televisiva e isso, como nos diz Elizabeth Duarte, exige movimentos em diferentes direções: 1) aos modelos teóricos de compreensão dos processos comunicativos nos quais a comunicação televisiva se insere; 2) ao contexto de grandes transformações tecnológicas ocorridas nos últimos cem anos, do qual a própria televisão faz parte, igualmente responsável pelos sentidos produzidos; 3) à construção de metodologias que possam servir de instrumento seguro para a análise dos produtos televisivos (DUARTE, 2004, p. 69).
DAS ORIGENS, COM OS PRIMEIROS PROGRAMAS,À CONSTITUIÇÃO DE UM FORMATO PRÓPRIO
A linguagem televisiva, assim como a cinematográfica, levou algum tempo para se formar. Isso significa que o formato dos programas televisivos que hoje conhecemos demorou a ser encontrado. Inicialmente, a estrutura dos programas e as formas de relação com o público seguiram os padrões de outra mídia: o rádio.
[...] Herdando dele, ao mesmo tempo, a programação, os