A imagem da ciência no cinema
Marcia Borin da Cunha e Marcelo Giordan
Neste artigo, discutimos como a ciência e o cientista são representados em determinadas épocas pelo cinema, contribuindo para constituição de uma percepção social da Ciência. Num primeiro momento, relacionamos o cinema com o momento histórico em que a Ciência se encontrava quando da produção de determinados filmes. Num segundo momento, discutimos a introdução do cinema na sala de aula no sentido de proporcionar a professores e alunos uma reflexão sobre seus papéis de autores e audiência na cultura escolar. comunicação-educação, cinema, imagem da Ciência
Recebido em 27/03/08, aceito em 13/12/08
9
A
história do cinema pode ser contada a partir da busca do homem em reproduzir a imagem em movimento. Há 12 mil anos, o homem das cavernas já desenhava animais com oito patas na tentativa de representar o movimento. Muitos séculos se passaram até que o alemão Athanasius Kircher (século XVIII) inventasse a “lanterna mágica” – uma caixa composta de uma fonte de luz e lentes que enviavam imagens fixas para tela –, invento considerado como verdadeiro precursor do cinema.
Desse ponto, bastava criar um mecanismo de apresentação sequenciada de imagens para produzir a sensação de movimento, o que levou, posteriormente, à captação da imagem em movimento. Esse mecanismo apareceu em
1833 quando o britânico W. G. Horner criou o zootrópio, aparelho baseado na sucessão circular de imagens que, ao serem giradas, davam a ilusão óptica de movimento contínuo. Em 1877, o francês Émile Reynaud inventou o teatro óptico, que juntou a lanterna mágica e espelhos para projetar filmes de desenhos numa tela. Para produzir a impressão de realidade do
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA
28 de dezembro de 1895, em Paris, movimento, a reprodução da imagem fato esse considerado o marco de teve de migrar da ponta dos pincéis fundação do cinema como empree bicos de pena para o complexo
endimento