A ilusão das relações raciais
Hierarquia das raças; o problema maior dessas doutrinas, o horror que declaravam, era contra a mistura/miscigenação das “raças”. Diziam elas, que havia uma ordem natural que graduava, escalonava e hierarquizava as “raças humanas”, o branco se situava no alto da escala, o branco da Europa Ocidental assumindo posição de liderança na criação animal e humana do planeta. Saber por tinham esse horror à miscigenação é conduzir a curiosidade intelectual para um dos pontos que distinguem e esclarecem o “racismo à européia” ou “à americana” e o nosso conhecido, dissimulado e disseminado “racismo à brasileira”.
Racismo à brasileira, o Conde de Gobineau, Segundo ele, a mistura de raças era inevitável, levaria a raça humana a graus sempre maiores de degeneralização, física e intelectual. No livro A diversidade moral e intelectual das raças (1856), pelas idéias racistas e pelos erros no que diz respeito à Antropologia das diferenciações humanas, é possível dividir as “raças” de acordo com três critérios: o intelecto, as propensões animais e as manifestações morais. Não realiza um exercício de dizer que a “raça” branca era superior em tudo. Há muita inteligência nos preconceitos e nos autoritarismos, ousou com confiança mesmo para quem estava impregnado de uma ideologia autoritária de sua própria superioridade, na previsão de que o Brasil levaria menos de 200 anos para se acabar como povo!