A ilusão das relações raciais

No valor biológico a frase é contraditória, no valor sociológico ela tem valor positivo a tudo que é intermediário. Pelas teorias racistas de Gobineau, nota-se que ele hierarquiza as raças por meio de três fatores: intelecto, as propensões animais e as manifestações morais. Assim como, os brancos sendo a “raça superior”, os amarelos em segundo e os negros abaixo de todos. Gobineau destacou sua ideologia autoritária de superior, e percebeu que o Brasil estava tornando-se um país de mistura de raças e como consequência se desvalorizaria. O problema não era a diversidade de raças, mas sim a miscigenação que apaga as boas qualidades de cada raça, deixando deficiência em energia física e mental.

Nas sociedades igualitárias e duais a lei de igualdade para todos funciona (princípio da isonomia jurídica) (EUA). Branco e negro, sim e não. Não existe o intermediário. Todos são iguais.

O Brasil é uma sociedade relacional e por não ser dualista (branco ou preto), a dificuldade é determinar um caráter exclusivo, como a inclusão de um e a exclusão de outro. É um país de variadas categorias onde o mulato representa uma mistura ideal. O Brasil não é classificado racial em pretos e brancos e sim uma associação intermediaria (mulatos). As sociedades relacionais se caracterizam pela desigualdade entre as pessoas. Numa sociedade relacional, o racismo não é exatamente com a cor de pele, e sim com a que lugar o indivíduo ocupa na sociedade. É um racismo velado, onde não haverá problema desde que cada um respeite seu lugar.

Na sociedade brasileira as leis mostram que todos são iguais, mas não é assim que ela funciona, tudo depende da relações intermediárias (parentesco, amizade, status, classe social)

No Brasil, muitos acham que não há preconceito em relação ao triângulo racial (branco, negros e índios), e que sempre conviveram em plena harmonia, entretanto, se analisarmos a história do Brasil, verificamos que este país foi construído por portugueses e