A ilustração
Fontana começa o texto dissertando sobre as diversas interpretações e utilização da palavra “Ilustração e luzes”, tal palavra tem origem do alemão e tem seu uso atribuído para designar diversas situações.
Os exemplos vão do uso na Física à contraditoriamente a Igreja, falando de Ilustração Cristã, cujo termo não cabe, já que tal instituição não se baseia na razão, a expressão fora usada para delatar filósofos que agiam como conspiradores. De todos os usos equivocados da palavra o mais errôneo é o criado pelos prussianos: “despotismo ilustrado”, que era uma forma de governar, que tinha como intenção se afastar do modo medieval de governar, o absolutismo.
No século XX os ilustrados eram apontados como pessoas que apoiavam o racionalismo e defendiam que para o entendimento do agora era só se voltar para acontecimentos que já havia acontecido.
“Teriam defendido que todo o universo está determinado e que a única coisa necessária para conhecer um acontecimento é ter todos os dados sobre os antecedentes” (p. 110).
A ilustração é tida como culpada por todos os danos cometidos em nome da razão e todas as ditaduras, isso por conta de ver o homem moldado por um padrão, de ter uma visão mecanicista deles na sociedade. A ilustração fora denominada como mãe do modelo marxista, isso segundo Isaiah Berlin, de forma errônea, pois os dois são de correntes opostas.
“A única forma de liberta-nos desta confusão é manter alguns elementos de definição, sem cair na tentação de interpretar, como um todo único, um feixe de correntes que, tendo elementos em comum, podem ser contraditórios” (p.110).
Partindo desse pressuposto a Ilustração, defende a razão em oposição à convicção, é uma forma critica que questiona a tradição do saber contra o saber transformador. A partir do surgimento da “opinião publica” aliado a revolução da informação, onde houve um aumento na produção de obras