A igualdade de gênero como uma questão de justiça
Em pleno século XXI, em que a população feminina representa mais da metade da população mundial, ainda encontramos situações de discriminação por sexo. Em diversas áreas da vida moderna, as mulheres são obrigadas a enfrentar inúmeras dificuldades, como no mercado de trabalho, na política e na vida familiar. Embora o Brasil possua uma mulher como presidenta, a participação feminina na política e principalmente em cargos de grande importância ainda é pequena em comparação aos homens. Essa situação é facilmente percebida ao assistirmos as propagandas políticas, onde mulheres são minoria na disputa e das que participam, poucas são eleitas. A presidenta Dilma é uma exceção e teve muito trabalho, mais que um homem teria tido para alcançar o mesmo posto. Assim como ela sofreu da desconfiança de sua capacidade para governar, outras mulheres também sofrem quanto à sua capacidade para realizar outros trabalhos e por isso assim como na política, no mercado de trabalho é visível que uma mulher se esforça muito mais que um homem para conseguir o mesmo objetivo. Segundo dados dos quadros de pessoal das empresas, referente a 2005, nesse ano as mulheres representavam 50,5% da população empregada com o ensino secundário e 57,4% dos empregados com ensino superior, sendo minoria apenas com relação aos empregados com escolaridade mais baixa, 42,7% do total e apesar dessa dominância na ocupação do mercado, a valorização do trabalho feminino não é a mesma que a do trabalho de um homem, mas sim inferior. Quanto mais elevada é a escolaridade e a qualificação da mulher maior é a discriminação à que continua sujeita no nosso país. Prova disto é que em 2005, ainda segundo dados do quadro de pessoal das empresas, uma mulher licenciada recebia apenas 65,8% do salário de um homem com formação idêntica. Já em empregos com níveis de escolaridade mais baixos a diferença cai, sendo que uma mulher recebe 80,7% do salário de um homem com mesma