A Igreja no contexto do iluminismo
Em 1802 em consequência de uma Concordata entre Napoleão e a Cúria Romana, a Igreja Católica recuperou sua autonomia e legalidade na França.
As ondas do nacionalismo fizeram com que o Papado percebesse que estava perdendo terreno no poder temporal, assim passou a garantir sua hegemonia espiritual sobre toda a Igreja Católica: em 1847 foi estabelecido um Patriarcado Latino de facto em Jerusalém (desde as cruzadas o título era somente honorário); a hierarquia católica foi restabelecida e reconhecida pelo parlamento na Inglaterra, graças em parte às campanhas do irlandês O'Connel.
Surge nesta época o Movimento de Oxford na Igreja Anglicana que procurava uma aproximação com a Igreja Católica. Teólogos anglicanos como John Henry Newman que se converteu em 1845 e depois nomeado Cardeal e Edward Manning arcediago da Catedral de Chichester que converteu-se em 1851 e depois nomeado também Cardeal são fatos marcantes da vida da Igreja na Inglaterra deste século.
Em 1846, antes mesmo da proclamação do dogma, a Imaculada Conceição era declarada padroeira dos Estados Unidos da América e surgem os primeiros beatos e santos norte-americanos: Filipa Duchesne, Santa Francisca Xaviera Cabrini e Isabel Ana Seton. Com as crises provocadas pelas guerras franco-prussianas e da unificação da Itália, Roma é invadida e o Papa se declara prisioneiro no Vaticano. Pio IX, na encíclica Quanta cura, condena os erros do liberalismo filosófico, do racionalismo, do panteismo, do naturalismo, do agnosticismo, do indiferentismo, do racismo, do socialismo marxista e do comunismo.
Na verdade, a Igreja surge rejuvenescida. É deste tempo o Cura d'Ars, São João Maria Baptista Vianney, pároco de uma pequena aldeia perto de Lyon, na França, mais tarde proclamado patrono do clero secular; a Bernadete Soubirous de Lourdes e a confirmação da proclamação do dogma da Imaculada Conceição e as Conferências de São Vicente de Paulo, fundadas por Frederico Ozanam.
Na Áustria,