A idiotice dos proletariados
Todos os dias despertavam-me no mesmo horário, fazia as mesmas coisas, comprava pão sempre na mesma padaria, tomava o meu café, banhava-me e dirigia-me ao trabalho já sabendo que iria enfrentar o transporte publico precário e demoraria algumas horas para chegar ao meu destino.
O stress já começava no estante que entrava no ônibus e escutava o celular de um menino no ultimo volume, todos os dias ele escutava um tipo de musica que nunca me agradava. Sentia-me com sorte quando eu conseguia sentar e dormir, este trajeto se repetia todos os dias.
O trabalho braçal nunca me deixava cansado, afinal só tinha que fazer a reposição de estoque, eram milhares de caixas para serem carregadas de um lugar para o outro. O salario era o mínimo que eu poderia receber, ficava triste todas as vezes que observava a minha conta, o máximo que conseguia fazer era pagar o aluguel e comprar alimentos.
Na hora do almoço o vale-refeição não dava para comprar ao menos um almoço se eu não completasse com dinheiro do meu próprio salario teria que comprar duas coxinhas e um soco, mas eu nunca saciava a minha fome, a marmita não me agradava, pois na empresa o micro-ondas não esquentava a comida direito e cinco minutos depois ela já estava fria.
Voltava a minha jornada de trabalho, me limitavam de um modo que não me importava o dia podia fazer frio ou calor eu repetia as mesmas ações, carregava as mesmas caixas, organizava e conferia mesmos os produtos, toda vez na mesma prateleira, ordem e etc.
Já não suportava mais aqueles atos repetitivos, reparei que era o fim, perdi um dia de almoço para tentar mudar a minha situação, imaginava até ganhar uma promoção na empresa, pois não adiantaria nada continuar na insatisfação e no trabalho braçal.
Fui à sala do meu chefe, expliquei a minha situação então dirigir-nos a janela e ele me mostrou uma favela e disse que qualquer pessoa que estaria ali sonharia em trabalhar onde eu trabalho, logo pensei ou me submeto ao