A ideia sobre a origem da cultura
No capitulo “O Determinismo Biológico”, Laraia tenta demonstrar que os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais. Já no “Determinismo Geográfico”, ele demonstra que os povos não se diferenciam por natureza, mas por necessidades de sobrevivência diferentes, o que gera o desenvolvimento de certas atividades mais do que outras, por limitação ou necessidade ambiental. Nesta mesma passagem, cita o exemplo em que os esquimós e os lapões vivem ambos em latitudes semelhantes, mesma região do globo (norte) – mas em continentes diferentes, o primeiro na América e o segundo na Europa -, porém demonstram ter culturas totalmente diferentes, ao notar critérios básicos como alimentação, caça e construção de suas moradias. Cada estudioso tem a sua explicação sobre a origem da cultura, uma delas seria que a cultura teria surgido a partir do momento que o cérebro foi modificado na evolução dos primatas. Um exemplo de evolução dos primatas é o bipeclismo, quando eles começaram a andar na posição vertical, assentando no solo apenas as extremidades inferiores, deixando-os mais fortes e intimidadores, ajudando no transporte de alimentos, e de seus filhotes. A posição ereta não foi só importante para a habilidade manual, mas também para o desenvolvimento da inteligência, através dos maiores estímulos ao cérebro. Destaca também os símbolos, o homem só foi diferenciado do animal, quando seu cérebro foi capaz de gerar símbolos. Um animal não compreende os significados que os objetos recebem de cada cultura. Cada cultura tem os seus significados para os objetos, e ela poderia ter acontecido espontaneamente. Em muitos lugares a cor branca significa paz, na China significa luto. A cultura seria como um símbolo para a sociedade, um conjunto de regras e símbolos que tem como objetivo fazer com que a sociedade se adapte aos padrões e nesse processo cultural estão incluídas