A humanização no atendimento em saúde
Nos últimos anos tem-se falado muito sobre a humanização na área da saúde, algo que, a meu ver, estava implícito na arte de cuidar do próximo e, portanto, no exercício das profissões relacionadas. Porém, infelizmente, cada vez mais vivenciamos ou tomamos conhecimento do contrário e recorrentes são as situações em que vemos falta de sensibilidade, cuidado e amor na prática médica e hospitalar. Há alguns fatores, como a sociedade capitalista, que podem estar associados às condutas indevidas na relação médico-paciente, entretanto, todas essas são inaceitáveis. Assim, para que haja uma melhora nesse aspecto, é essencial a discussão desse assunto entre profissionais da saúde e principalmente no meio acadêmico.
Com a globalização e os frequentes avanços tecnológicos e científicos, a Medicina teve uma evolução incrível, contudo, paralelamente a isso, percebeu-se também distanciamento nas relações sociais, comunicações cada vez mais virtuais e até mesmo a comercialização do tempo. Com isso, o homem perde, muitas vezes, a sua essência e, no caso, do médico ou outro profissional de saúde, perde a capacidade de perceber que o paciente não é apenas um sistema fisiológico, é um ser humano dotado de emoções e sentimentos, sentimentos esses que podem ter desencadeado a patologia que o levou até o profissional. Assim, é necessário rever os valores e incluir a humanização na prática médica e acadêmica cada vez mais.
A solução está principalmente no meio acadêmico, onde o caráter profissional e também humano está sendo formado e pode ainda ser moldado. Aprender a cuidar de vidas não é algo que abrange apenas conhecimentos científicos e fisiológicos. Aprender a cuidar tem a ver com aquilo de mais puro que há no ser humano, o amor. O paciente é um ser frágil e vai até um médico não apenas em busca de uma receita, ele requer cuidado, necessita entender o que está vivendo e contar com o apoio de quem pode lhe ajudar. Outro exemplo é o papel do