A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA AN LISE

Faz parte de Sagarana: coletânea de nove novelas;
- Todos os textos apresentam a tendência de Guimarães Rosa à pesquisa permanente da linguagem regional;
- Cenário: interior de Minas, existindo farta nomeação de lugares e regiões;
- regionalismo universalizante: sua leitura do mundo regional faz-se a partir da projeção para um prisma universal;
- A caminhada do protagonista simboliza o homem em busca de seu destino.
Enfatiza duas constantes da vida do sertão: a violência e o misticismo, na interminável luta do bem e do mal.
Trata de um tema muito presente na obra de Guimarães Rosa: o maniqueísmo
Três nomes - Augusto Matraga, Augusto Esteves e Nhô Augusto;
Três lugares: Murici, Tombador, Rala-Coco.
Vida em trios: ele e duas prostitutas; ele com a mulher e a filha; ele e o casal negro; ele, Joãozinho Bem-Bem e o velho a quem protege.
DO NOME:
Nhô Augusto é uma figura típica do universo sertanejo: um coronel que dá ordens a todos na região, abusando de seu poder e humilhando a população.
Esteves, por outro lado, pode ser entendido como a conjugação do verbo “estar” no passado. O narrador anuncia desde o começo, pelo nome do personagem, que sua condição de soberano no sertão está fadada ao insucesso.
O nome Matraga, uma espécie de apelido de Nhô Augusto, tem claramente uma conotação pejorativa (má + traga, de tragar ou do verbo trazer).
A ÉTICA PATRIARCAL SERTANEJA
PRIMEIRA CASA: MURICI
- Com a prepotência do mais forte, arremata a prostituta;
O peão tenta retirá-la da confusão, mas Nhô Augusto, entre os gritos da multidão, dá-lhe três pescoções, guardado por quatro cacundeiros seus. O capiau amarelo é arremessado no meio da multidão que apoia o mais forte;
- Vida desregrada ao olhar institucional e moral.
INÍCIO DA QUEDA – PRIMEIRA CASA
- A regra da honra, do sertão, do forte, lavada com sangue, mesmo inocente;
- os conflitos, por mínimos que sejam, só podem ser resolvidos mediante violência
O homem sertanejo possui uma peculiaridade própria, da lealdade à