A Hora da Estrela
A autora:
* 3ª geração modernista;
* análise psicológica e fluxo de consciência;
* linguagem elaborada: pontuação imprecisa, linguagem metaforizada; comparações inusitadas;
A obra: * data de publicação: 1977; * foco narrativo: narrador-personagem (1ª pessoa); * três pilares da estrutura narrativa – simultâneos: Rodrigo S. M. narrando a história de Macabéa; Rodrigo S. M. narrando sua própria história; Rodrigo S. M. discorrendo sobre a composição da obra; * metalinguagem (discorrer sobre a própria obra); * digressão (ausência de linearidade narrativa);
* epifania (uma personagem, num momento determinado, toma consciência de aspectos, até então desconhecidos por ela, sobre si e sobre o seu “entorno”).
- Dados sobre o enredo de A hora da estrela
* Rodrigo S. M. é um narrador que representa a própria Clarice Lispector. Logo no início do livro, ele elenca trezes nomes que poderiam ter sido títulos da obra. Ainda, frise-se as interferências desse narrador no enredo da narrativa. * Macabéa vai do Nordeste para o Rio de Janeiro. Trata-se de uma personagem sem expressão social, alienada, que fora criada sob surras da tia e que, ao decorrer da narrativa, vai perdendo o pouco que lhe resta na vida (o namorado troca Macabéa por uma amiga desta, cujo pai era dono de açougue; o chefe a manda embora, mas por pena acaba deixando-a permanecer no serviço...).
* O tom regionalista aparece na narrativa, algo incomum à obra de Clarice Lispector. Isso se nota, por exemplo, na expressão física de Macabéa, pois ela carrega consigo as marcas de um sertão reprimido, o que resulta na figura alienada com que é retratada pelo narrador.
* A identificação de Macabéa com a Rádio Relógio pode se dar pela limitação comunicativa: assim como tal emissora, a protagonista apresentava linguagem escassa. Os hábitos de Macabéa não apresentam, pois, expressividade social.
* O título do romance se relaciona ao final trágico de