A história do poeta das Rosas.
Nascia no dia onze de Outubro de mil novecentos e oito, no bairro do Catete, um brasileiro de nome Angenor de oliveira. Esse brasileiro entrou para a história da música popular brasileira pelo carinhoso apelido de Cartola. Pretendo nessa pequena biografia contar um pouco mais sobre a história desse grande personagem de nossa cultura. Usarei vasta discografia para auxiliar-me a contar a vida desse grande poeta.
Aos onze anos de idade Cartola e sua família se viram obrigados, devido às condições financeiras, a irem morar no Morro de Mangueira zona norte do Rio de janeiro. Como o futuro ira mostrar esse lugar vai servir de inspiração para os versos de nosso poeta.
“Alvorada lá no morro, que beleza /Ninguém chora, não há tristeza /Ninguém sente dissabor” (Alvorada).
Seu pai, Sebastião Joaquim de Oliveira, ensinou Cartola desde pequeno a manusear e a tocar diversos instrumentos musicais, indo de cavaquinho ao violão. O carnaval sempre esteve presente na vida de nosso poeta, era costume da família de Angenor desfilar no bloco carnavalesco Rancho dos Arrepiados. Não por acaso as cores do bloco (verde e rosa) foram colocas como cores oficiais da escola de samba fundada por Cartola.
“É branco o sorriso das crianças / São verdes, os campos, as matas / E o corpo das mulatas quando vestem Verde e rosa, é /Mangueira” (Verde que te quero Rosa).
Obrigado a trabalhar desde muito cedo Angenor passou por vários empregos, e foi como auxiliar de pedreiro que ganhou o apelido (Cartola) que vai lhe acompanhar pelo resto de sua vida. O apelido foi dado pelo fato de Angenor usar um chapéu “coco” durante a obra, o chapéu tinha como objetivo evitar que restos de cimento caíssem sobre sua cabeça. O mundo do trabalho também vai estar representado nos versos do compositor:
“Se o operário soubesse / Reconhecer o valor que tem seu dia / Por certo que valeria
Duas vezes mais o seu salário / Mas como não quer reconhecer / É ele escravo sem ser/ De