A história do movimento estudantil
Em 1710, ocorreu o primeiro movimento estudantil, onde mil soldados franceses invadiram o Rio de Janeiro, e foram vencidos e expulsos por uma multidão de jovens estudantes de conventos e colégios religiosos. Após 76 anos, doze estudantes brasileiros residentes no exterior fundaram um clube secreto para lutar pela Independência do Brasil. Alguns estudantes desempenharam papel fundamental para o acontecimento da Inconfidência Mineira. Em 1827, foi fundada a primeira faculdade brasileira, a Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Este foi o primeiro passo para o desenvolvimento do movimento estudantil, que logo integrou as campanhas pela Abolição da Escravatura e pela Proclamação da República. 70 anos mais tarde, estudantes da Faculdade de Direito da Bahia divulgaram, através de um documento escrito, as atrocidades ocorridas em Canudos (PE). No ano de 1901, foi fundada a Federação de Estudantes Brasileiros, que iniciou o processo de organização dos estudantes em entidades representativas. Em 1914, os estudantes tiveram participação significativa na Campanha Civilista de Rui Barbosa ocorrida em meados do século XX, e na Campanha Nacionalista de Olavo Bilac, promovida durante a 1ª Guerra Mundial. Já em 1932, quatro estudantes (MMDC – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) foram mortos, o que inspirou a revolta, eclodindo a insurreição de São Paulo contra o Governo Central (Revolução Constitucionalista). Em 1937, criou-se a UNE, que é a entidade brasileira representativa dos estudantes universitários.
1952 - Primeiro Congresso Interamericano de Estudantes, no qual se organizou a campanha pela criação da Petrobrás – “O Petróleo é Nosso”.
1963/64 - Os estudantes foram responsáveis por um dos mais importantes momentos de agitação cultural da história do país. Era a época do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, que produziu filmes, peças de teatro, músicas, livros e teve uma influência, que perdura até os dias de hoje, sobre