A história de Inês de Castro
Uma das mais belas histórias de amor de sempre foi a trágica paixão entre D. Pedro I e Inês de Castro, que nos continua a comover pela sua força, intemporalidade e por todos os sentimentos envolvidos: intriga, ódio, inveja, conflito de interesses, amor. Dois corações que descansam lado a lado, viveram em plena luta pelo seu amor e agora descansam em paz, pois a paixão pode vencer a morte.
D. Pedro nasceu a 8 de Abril de 1320 e, desde muito cedo os seus pais, El Rei D. Afonso IV e D. Beatriz, tentaram arranjar-lhe esposa. Uma das suas primeiras tentativas foi D. Branca de Castela que, com 14 anos se revelou muito doente e por isso, D. Pedro não quis casar-se com ela.
Mais tarde, quando o príncipe tinha entre os dezanove e os vinte anos, o seu pai enviou mensageiros ao reino vizinho de Castela, pedindo a mão de Constança Manuel. O pedido foi aceite e, em 1340, organizaram-se grandes cortejos para a sua chegada a cavalo, rodeada de pajens, aias, parentes e criados.
Nessa comitiva de boas-vindas, D. Pedro viu pela primeira vez D. Inês de Castro, uma das aias de Constança, por quem se apaixonou loucamente. Apesar disso, D. Pedro casou-se em Agosto, na Sé de Lisboa, com Constança Manuel, de quem teve mais tarde três filhos:
Luís de Portugal (1340); Maria, princesa de Portugal (1342-1367) e Fernando, Rei de Portugal (1345-1383)
Mesmo assim, D. Pedro continuava a encontrar-se com Inês de Castro, iniciando-se um grande romance, tema de conversa dos membros da corte e do povo. Estas coscuvilhices chegaram aos ouvidos do rei e da rainha que, furiosos, fecharam Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. D. Pedro não a podia visitar, mas continuava a contactar a sua amada rondando os muros do Convento e enviando cartas. Estas eram levadas e trazidas secretamente em barquinhos de madeira através de um riacho.
Depois de sair do exílio, Inês foi circulando de castelo em castelo e mais tarde instalou-se definitivamente num pavilhão de