A história de conflitos entre o povo israelense e palestino atravessa gerações sem possibilidades de solução
Por Juliana Marton
A disputa Israel versus Palestina é o embate de dois povos pelo direito a terras, que nas religiões de ambos, são consideradas sagradas. Segundo o cientista político da Universidade Católica de Goiás (UCG) Wilson Ferreira, o conflito, propriamente dito, tem início em 1948, após a segunda Guerra Mundial, com a criação, por intermédio da Organização das Nações Unidas (ONU), do Estado de Israel e a não-criação do Estado palestino. A Segunda Guerra mudou a concepção mundial em relação aos judeus, frente aos horrores que foram praticados pelos nazistas. O chamado Holocausto gerou em todos os povos uma sensação de dívida pelo genocídio efetivado durante a guerra.
Diante de todas as argumentações do povo judeu, que se via prejudicado pelo horror da segunda grande guerra, e da crise interna pela qual a Palestina passava – a Inglaterra estava enfraquecida pela guerra e já anunciava seu desejo de abandonar a região – a ONU optou pela criação do estado israelense, tornando Jerusalém uma cidade internacional. Com o orgulho ferido, os palestinos encararam uma divisão de terras baseadas na distribuição “aleatória” de territórios, que privilegiou a nação judaica, oferecendo-lhe as melhores terras e onde havia água, o que na região é um recurso escasso. O primeiro grande líder israelense, David Ben Gurión, proclamou Israel independente em maio de 1948.
Em 1950, o Parlamento de Israel, que havia sido estabelecido em Tel-Aviv e mais tarde, em Jerusalém, aprovou a grande Lei do Retorno, que estabelecia como cidadão de Israel todo judeu filho de mãe judia, ou que fosse convertido ao judaísmo. Com a nova lei e os movimentos crescentes de imigração para o recém instaurado país, a população de Israel aumnetou 4 vezes em pouco mais de vinte anos. Em 1975, com a resolução da ONU que passou a considerar o sionismo como uma forma