A história de Chico Mendes
Francisco Alves Mendes Filho, mas conhecido como Chico Mendes, foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Ele lutou pela Bacia Amazônica, cujo os meios de subsistência dependiam da preservação da floresta e suas seringueiras. Esse ativismo lhe promoveu fama internacional.
Filho de Francisco Alves Mendes e Maria Rita Mendes, começou no ofício de seringueiro ainda criança acompanhado seu pai, excursões pela mata. Só aprendeu a ler aos 19 e 20 anos, já que na maioria dos seringais não havia escola, nem os proprietários de terras tinham a intenção de criá-las em suas propriedades. Chico Mendes afirmou que só aprendeu a ler com a chegada do militante Euclides Távora, que tinha acabado de participar do levantamento comunista de 1935 em sua cidade Fortaleza, e na revolução de 1952 na Bolívia.
Chico Mendes iniciou a vida de líder sindical em 1975, como secretario geral do recém fundado Sindicato dos Trabalhadores Rurais Brasiléia. A partir de 1976, participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos “empates” – manifestações pacificas em que os seringueiros protegem as arvores com seus próprios corpos. Organizava também varias ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos.
Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Xapuri, e foi eleito vereador pelo MDB local. Recebe então as primeiras ameaças de morte, por parte dos fazendeiros e começa ter problemas com seu próprio partido, que não se identificava com sua luta.
Em 1979 Chico Mendes reúne lideranças sindicais, populares e religiosas na
Câmara Municipal, transformando-a em um grande fórum de debates. Acusado de subversão é submetido a vários interrogatórios. Sem apoio não consegue registrar tortura que sofrera em dezembro daquele ano. Representantes dos povos da floresta (seringueiros, índios, quilombolas) apresentam reivindicações durante 2º Encontro Nacional, em Brasília.