A História da Riqueza do Homem
Resenha: A História da Riqueza do Homem
Capítulo VII
"Aí vem o Rei”
Por volta do século X, como demonstra Leo Huberman, inexistia o sentimento nacionalista tão comum e natural como nos dias atuais. Em tal época, praticamente o mundo inteiro se comunicava em apenas uma língua, o Latim. Os centros universitários reuniam pessoas de vários pontos da Europa, nesses locais, todos se entendiam segundo uma língua comum.
Entende-se que no período em questão, não havia as fronteiras entre países como conhecemos hoje, muito menos o nacionalismo. Segundo o autor, nessa mesma época não havia incentivos à valorização de uma pátria. Entretanto, como dito anteriormente, havia uma intenção em prol da defesa das cidades que se constituíram de comerciantes. Assim, cada cidade era uma mini nação, com suas regras e costumes legais. A intenção em tal ocasião era proteger a cidade, não a minha cidade, mas a cidade onde vendo meus produtos. Uma intenção em proteger aquele novo negócio que prosperava.
Um dos motivos apontados para o aparecimento do nacionalismo, da ideia fixa de país, como expõe Huberman, foi econômico. Assim como já se observa levemente na constituição das pequenas cidades.
Acontece que, no período em questão, os reis eram á titulo, os chefes dos povos, valendo sua palavra. Entretanto, devido à ausência de um estado, de uma nação unificada, cada feudo funcionava segundo suas próprias determinações, sem uma lei geral que regulamentasse todos. Com o aumento das classes médias comerciantes, essas buscam cada vez mais, proteção. Tal segurança é aos poucos comprada dos reis. Como a classe comerciante adquiriu poder progressivamente, é vantajoso para o rei apoiá-la, pois será retribuído, entre outras coisas, por impostos mais volumosos.
Com a aliança entre o rei e a classe média, surge vantagem para ambas às partes. Pois de tal modo os reis podem garantir por lei privilégios a classe media dos comerciantes, estes agora poderiam ter leis gerais que