A história da produção de queijo no Nordeste brasileiro
O queijo é um dos alimentos mais antigos registrados em toda história da humanidade. A arte de sua fabricação remonta ao ano 10.000 a.C., época da domesticação de cabras e ovelhas pelos pastores egípcios, um dos primeiros povos que utilizaram o leite e o queijo como fontes importantes de alimentação.
A fabricação do queijo possivelmente teve as seguintes inspirações: aumentar a conservação do leite para obtenção de um produto mais durável de paladar típico, saboroso e atrativo, no qual se concentram os principais componentes nutritivos da matéria-prima e o aproveitamento do leite produzido nas fazendas com um produto de volume reduzido, com maior rentabilidade em relação ao in natura, em determinadas épocas do ano.
O queijo adaptou-se aos gostos e costumes de diversas culturas, o que gerou uma grande multiplicidade tipológica do produto. No Brasil, a técnica de produção do queijo foi introduzida pelos colonizadores portugueses, logo nos primeiros anos da Colônia. O leite proveniente do gado bovino trazido para cá, também nesta época, além de alimento, foi utilizado para a fabricação do queijo tipicamente artesanal.
A região do Seridó é conhecida pela tradição na elaboração de queijos artesanais de coalho e manteiga que remota à colonização do sertão nordestino, preservando características próprias e peculiares atribuíveis a sua origem geográfica.
No Nordeste predomina queijos fabricados com leite cru sem os devidos cuidados de higiene, em pequenas propriedades rurais que não adotam as Boas Práticas de Fabricação, não apresentando segurança microbiológica e padronização. Devido a esta falta de identidade, o mercado recebe produtos com características diversas.
Na região do Seridó do Rio Grande do Norte, destaca-se o agronegócio do leite, sobretudo a produção de queijos artesanais de coalho e manteiga com tradição cultural, constituindo-se marca típica da região, de qualidade peculiar, atribuível a sua origem geográfica.
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